✈️ Edição especial – Uma viagem às Dolomitas
Uma região da Itália ainda pouco explorada por brasileiros, mas que merece muito ser conhecida!
Essa edição é um oferecimento de Ariane Hipólito, da equipe Brunch, que realizou recentemente a viagem e decidiu compartilhar com vocês.
Quando eu e mais três amigas começamos a planejar uma viagem juntas, sabíamos que o desafio seria encontrar um destino que agradasse aos quatro gostos e que nenhuma conhecesse (sendo que duas delas já moram fora do Brasil). Queríamos paisagens marcantes, comida boa, uma pitada de cultura, e, claro, aquele tipo de beleza que a gente só acredita vendo.
Depois de alguns dias em Milão, Verona e uma parada rápida em Sirmione, o caminho começou a mudar. Literalmente. Foi quando rumamos para o extremo norte da Itália, em direção às Dolomitas, uma região ainda pouco explorada pelos brasileiros, mas que merece estar no topo da sua lista.
Primeira parada: Bolzano
Nossa entrada nas Dolomitas foi por Bolzano, uma cidadezinha fofa onde fizemos uma pausa estratégica: almoço, chocolate quente e aquele esticar de pernas antes de seguir estrada. Ali, a Itália já começa a mudar de cara. As placas, os rostos, os sotaques. Tudo passa a lembrar mais a Áustria do que o sul do país. Muitas pessoas falam alemão ou um dialeto local, e a estética vira um mix de chalés alpinos e montanhas dramáticas.
A estrada que vale a viagem
Dizer que o caminho até Cortina d’Ampezzo é bonito seria subestimar. Cada curva parecia ter sido desenhada por um diretor de cinema com orçamento ilimitado.
O ar muda, as montanhas se impõem e os lagos aparecem como pequenas joias no meio do verde. Nosso primeiro grande suspiro foi em Val di Funes — uma paisagem que parece ter saído de um cartão postal com trilhas suaves, silêncio absoluto e uma igrejinha que parece cenário de filme.
Cortina d’Ampezzo: base para desbravar os picos
Ficamos dois dias hospedadas em Cortina, de onde partimos para explorar os arredores. Cada dia parecia mais surreal que o anterior. Os tons de verde, branco e azul se misturam de um jeito quase irreal. E falando em irreal... visitamos o Lago di Braies no dia seguinte, além do Lago Dobbiaco.
No primeiro, você pode fazer um passeio de barco de 45 minutos e foi onde adquirimos nosso passaporte Dolomitas, um souvenir em que você carimba vários pontos por onde passa na região.
Tendo a oportunidade, em Cortina experimente alguma pasta com carne cervo. Foi meu prato preferido da viagem inteira. E olha que comi dos pratos mais típicos da região, até os mais tradicionais da Itália.
Lago di Misurina: cenário de cinema com cafés e charme alpino
Um dos momentos mais marcantes foi no Lago di Misurina. A água calma refletindo os picos nevados, os cafés charmosos à beira do lago, e um hotel clássico com vista panorâmica criam um cenário que parece saído de um conto. Ficamos ali por horas, entre cafés, fotos e a sensação de que a vida estava em outro ritmo.
Tre Cime di Lavaredo e Cinque Torri
Uma das experiências mais marcantes foi a visita ao aos dois picos. Fizemos a trilha ao redor das torres de pedra, que é relativamente acessível e rende visuais espetaculares a cada ângulo. Entre o vento gelado, as nuvens que se movem rapidamente e o silêncio absoluto das alturas, foi um momento de presença total.
Dois dias em Ortisei e um spa nos Alpes
Nosso roteiro ainda incluiu dois dias próximos a Ortisei, num vilarejo onde o tempo parece passar mais devagar. Mas o que nos levou até lá foram as rotas pelos famosos passos da região, como o Passo Gardena, Passo Sella, Passo Falzarego e Passo Giau. Cada um tem sua identidade, e todos são absurdamente cênicos.
Pausa para o café com strudel e vista.
A sensação é de estar dirigindo dentro de um documentário da National Geographic. É o tipo de beleza que te emociona sem saber exatamente por quê.
Uma das experiências mais deliciosas da viagem foi o QC Terme Dolomiti, um spa com vista para as montanhas, piscinas termais ao ar livre e aquela combinação perfeita de calor e neve. Um presente para corpo e alma.
Lago di Carezza: o azul que não dá para acreditar
Mas se teve um lugar que nos arrancou aquele “isso não é real”, foi o Lago di Carezza. A cor da água é de um azul esmeralda tão intenso que parece ter sido editada. E o melhor: ele aparece de repente na estrada, como uma surpresa no meio do verde das árvores e do branco das montanhas ao fundo. É daqueles lugares que você tenta fotografar de todos os ângulos e mesmo assim nenhuma imagem consegue fazer jus ao que os olhos veem.
O tipo de lugar que muda o ritmo do olhar
As Dolomitas não são só um destino bonito. São um tipo de beleza que vai ficando, mesmo depois que você volta. Um lugar onde o tempo desacelera, o silêncio preenche, e cada paisagem parece ter sido feita para fazer você parar.
Por que você deveria ir às Dolomitas?
Se eu pudesse resumir em uma frase: porque esse é um dos lugares mais impressionantes da Europa. Lá você encontra:
☑️ Tradição e cultura únicas (com influência austríaca)
☑️ Gastronomia reconfortante e diferente do restante da Itália
☑️ Trilhas e lagos de tirar o fôlego
☑️ Cidades pequenas e charmosas
☑️ Roteiros para quem ama dirigir com vistas absurdas
Voltei de lá com mil fotos, um brilho no olhar e aquela vontade de repetir tudo do começo. E se esse texto te deu coceira de viagem, já começa a planejar: as Dolomitas merecem entrar na sua lista.
Com carinho,
Ariane ✨