#BRUNCHNEWS | Não somos capazes de opinar (nunca fica velho rs) 🎞
O Oscar 2024 está chegando e nossa equipe preparou um especial de cinema para entrar no clima. Hoje vale trocar o ovo por pipoca. Bora!
💬 BRUNCHPAPO
Entrevistamos Bianca Iatallese, diretora e produtora executiva, além de co-fundadora da Marianas Filmes, para dar um panorama do cinema brasileiro.
BN: Quais foram suas principais influências e inspirações no cinema, tanto nacional quanto internacional?
Minhas principais influências vem muito de diretoras mulheres, como Laís Bodanzky e Júlia Rezende, grandes referências que trabalham com muita reverência e contribuem para o cinema nacional ganhar mais peso. A Laís, por exemplo, tem um viés mais social que casa muito com o meu tipo de direção.
BN: Como você descreveria o estilo ou a marca registrada de suas produções cinematográficas?
Não tenho uma assinatura registrada ainda, mas sempre tento trazer conteúdos que são importantes socialmente no meu ponto de vista e que não estão em destaque na mídia. Vai muito mais do tipo de história que quero contar. Não gosto de monotonia. E precisa ter trilha sonora. Na minha opinião, um filme sem trilha é quase uma pessoa sem voz.
BN: Quais são os maiores desafios que você enfrenta como diretora e produtora de cinema no Brasil?
Principalmente contar as histórias que acredito de forma que se concretizem, afinal, os temas sociais são mais difíceis de se conseguir financiar.
BN: Como você vê o papel do cinema brasileiro na indústria cinematográfica global?
O cinema brasileiro vem crescendo ano após ano. Tivemos uma grande queda de audiência e produção durante a pandemia, mas está acontecendo um movimento de retorno. O cinema como um local de entretenimento, realmente está em crise, apesar do crescimento de produções. Cinema no Brasil nem é chamado indústria, pois não caminha sozinho, mas de forma alguma é diminuído por isso, especialmente se comparado com outros países.
BN: Quais são suas opiniões sobre a representação de questões sociais e culturais em filmes brasileiros? Você acredita que o cinema tem um papel importante na mudança social?
Para você ver como está uma situação de um país, socialmente e culturalmente falando, comece a assistir filmes de diversos lugares, eles costumam refletir o que está acontecendo. E eu gosto de produzir esse tipo de filme.
BN: Quais são alguns dos seus projetos favoritos em que trabalhou e por quê?
Eu gosto de todos, mas um dos que mais me marcou foi a última produção chamada Abscesso, direção que pude acompanhar desde a ideia inicial não era nem um roteiro ainda. Participamos de muitos festivais com o curta.
Já como produtora, tive a oportunidade de participar do documentário “Inhotim Por Dentro”, que retrata o dia a dia das pessoas que trabalham dentro do Instituto Inhotim. O projeto foi encomendado para a embaixada do Brasil na China e é veiculado na TV chinesa, um público gigante.
BN: Quais conselhos você daria para jovens cineastas brasileiros que estão começando suas carreiras na indústria cinematográfica?
Eu sou uma cineasta que ainda está no começo da carreira, por assim dizer, mas para quem está começando mesmo, desde a faculdade, precisa ter a consciência de que é um meio difícil, uma entrega que não é básica para a sobrevivência, então nunca é prioridade. Mas se você gosta muito, estude e entre no meio sem medo e sem vergonha. Essa área depende muito de contatos e proatividade.
BN: Você já tem projetos novos em andamento?
Na Marianas Filmes estamos progredindo com alguns projetos, mas ainda não posso dar spoiler.
BN: Sabemos que apenas uma parcela da população brasileira tem acesso ao cinema. Quais ações você acredita que faltam para esse número aumentar? E você viu mudanças nos últimos anos?
Essa semana está tendo uma ação dos ingressos de cinema por R$ 12 para qualquer filme. Isso exemplifica muito bem um dos motivos das salas estarem mais vazias nos últimos anos. O cinema é caro para a população, o que faz com que as pessoas não vão. Outro motivo são os streamings, em que as pessoas não precisam sair de casa e tem tudo com apenas um clique. Durante essa semana da ação, as salas estão todas esgotadas, por exemplo.
RESTAURANTES TEMÁTICOS DE CINEMA
O Vassoura Quebrada, primeira hamburgueria bruxa do Brasil, abriu em 31 de julho de 2018 na Pompéia, região de Perdizes, zona oeste da capital paulista. Na época, o espaço tinha capacidade para receber 45 pessoas e o sucesso foi instantâneo. Por ser a primeira hamburgueria desse universo tão conhecido e celebrado, as redes sociais foram à loucura.
Após pouco mais de um ano, em outubro de 2019, o restaurante cresceu e ganhou dois novos salões. A capacidade foi expandida para 105 pessoas e o número se mantém até hoje. Mesmo com a possibilidade de receber mais clientes, a hamburgueria segue de casa cheia todos os dias e as reservas se esgotam em poucas horas. Com a chegada do Mundo Bruxo do Vassoura Quebrada, em setembro de 2022, a marca se expandiu e atingiu mais pessoas em um espaço ainda maior.
Uma atração especial do Vassoura Quebrada é o cardápio de bebidas, em versões com ou sem álcool. Há desde as poções Crush-Blush, Spirrasorte, Licantro, Metamorfo e Arcanum Cromatis, cada uma responsável por um feitiço específico, até os elixires da Bravura, Sabedoria, Astúcia e Lealdade, que tem cores vibrantes e vem com uma pedrinha de gelo seco, criando uma fumaça. A Cerveja Espumosa, pode ser considerada sobremesa ou bebida. É um pedido praticamente obrigatório em todas as unidades. Um milkshake com receita exclusiva à base de creme americano, açúcar mascavo, noz moscada e canela, que também pode ser pedido com ou sem álcool.
📍Unidade Perdizes: Rua Desembargador do Vale, 836 - Perdizes, São Paulo-SP
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Pobres Criaturas
Indicado a nada mais, nada menos que 11 categorias no Oscar 2024, Pobres Criaturas se destaca entre os filmes recentes de Hollywood pela forma criativa e inusitada que o diretor Yorgos Lanthimos conta sua história.
Ainda em cartaz nos cinemas brasileiros, o filme é baseado no romance do escritor britânico Alasdair Gray, lançado em 1992, e acompanha a jovem Bella Baxter (Emma Stone), uma moça londrina que é trazida à vida novamente pelo cientista Godwin Baxter (Willem Dafoe) após um transplante de cérebro. A partir daí, ela embarca em uma aventura épica de auto descoberta e evolução.
O filme arrebata o público ao misturar elementos de drama, ficção científica e humor com equilíbrio e sem medo de levar sua proposta por caminhos fora do convencional. São momentos incríveis que cativam pelo surrealismo e pelos elementos surpresa espalhados por todo o longa. E claro que nada disso seria possível sem a impecável atuação de Emma Stone, que se arrisca em um papel ousado e tem grandes chances de levar o segundo Oscar para casa.
Vidas Passadas
Um filme que não podemos deixar de fora da lista é o coreano Vidas Passadas, dirigido por Celine Song. O longa recebeu duas indicações ao Oscar 2024, na categoria de melhor filme e melhor roteiro original.
O enredo conta a história de Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), dois amigos de infância com uma conexão profunda, que acabam se separando quando a família de Nora decide sair da Coreia do Sul. Vinte anos depois, eles se reencontram por uma semana enquanto confrontam noções do amor e destino. O filme encanta pela maneira delicada e franca que discute as possibilidades do "e se", pensando nas outras realidades que poderíamos ter vivido se tivéssemos tomado uma decisão diferente ou respondido um sim ao invés de um não.
Além de receber as nomeações ao Oscar, o filme também recebeu cinco indicações ao Globo de Ouro e três ao Critics Choice Awards. Não levou nenhuma estatueta para casa nessas premiações, mas chamou a atenção no Gotham Awards, que premia filmes independentes do cinema americano, no qual foi escolhido como Melhor Longa-Metragem do ano.
Oppenheimer
O filme Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan em 2023, relata a história de J. Robert Oppenheimer, cientista responsável por liderar o Projeto Manhattan, um programa confidencial dos Estados Unidos cujo objetivo era desenvolver uma bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial.
O conflito interno da concepção da bomba, que representava o avanço da história ao mesmo tempo em que poderia condená-la (e assim a fez), segue estampado na face de Cilian Murphy — que pode ter interpretado um dos melhores papéis em toda a sua carreira, ainda mais elaborado do que o inesquecível Thomas Shelby de "Peaky Blinders".
O filme tem em suas três horas de duração uma chama acesa e muito bem abastecida: são várias teorias abertas, morais questionadas, sentimentos remexidos que acrescentam ao filme uma densidade desigual, mais pesada no estômago do que qualquer outro filme já produzido por Nolan. Mais do que somente a problemática da bomba, é possível reviver o momento caótico e frágil do fim da Guerra. Os sentimentos de Oppenheimer, combinados uma brilhante trilha sonora e mixagem de som, criam o nó na garganta do espectador, a sensação ruim de participar de algo errado, mas ver certa beleza naquilo.
O longa foi indicado a 13 categorias no Oscar 2024: Melhor Filme, Direção, Ator (Cillian Murphy), Ator Coadjuvante (Robert Downey Jr), Atriz Coadjuvante (Emily Blunt), Roteiro Adaptado, Figurino, Cabelo e Maquiagem, Trilha Sonora, Design de Produção, Edição, Som e Fotografia.
Assassinos da Lua das Flores
Com direção do aclamado cineasta Martin Scorsese, o filme é uma adaptação do livro homônimo de David Grann.Leonardo Dicaprio, Lily Gladstone e Robert De Niro estrelam o longa.
A trama acompanha os assassinatos misteriosos de membros do povo Osage durante a década de 1920 e a consequente investigação dos crimes brutais. O massacre, que também aconteceu na vida real, teve como principal motivação o interesse na riqueza dos nativos, que viviam em uma terra rica em petróleo.
No entanto, conforme os homicídios são cometidos em circunstâncias cada vez mais intrigantes, o FBI, a agência de inteligência americana que tinha acabado de ser criada na época, passa a investigar o caso. Os homicídios passam, então, a envolver o poderoso J. Edgar Hoover (Jesse Plemons), considerado o primeiro diretor da instituição. Logo, o filme também mostra as origens da federação estaduniedense.
#INDICABRUNCH
Localizado em São Caetano do Sul, o Coffee Jones proporciona um ambiente aconchegante e temático de cinema. Seus espaços instagramáveis lembram estúdios de gravação e fotografia e trazem elementos de cafés, especiaria que, inclusive, é o carro chefe da casa. São muitas as opções de métodos de cafés, além de comidinhas deliciosas. O local é perfeito para um brunch de esquenta para o Oscar.
📍 R. Maranhão, 360 - Santa Paula, São Caetano do Sul - SP.